Veja o VÍDEO do jornal espanhol EL País, que mostra o pânico dos jovens presentes no recinto, captado pelas câmaras de segurança..Sabe-se agora, através de testemunhos e denuncias, presentes em atestados policiais, que não houve uma só avalanche, mas sim "várias, durante toda a noite no interior da Madrid Arena". Confirma-se ainda o número de 20.000 pessoas dentro do recinto, contrariando as permitidas 10.000. "Estavam pelo menos 20 mil pessoas. No estacionamento privado do recinto estavam muitos carros com música e bebidas alcoólicas - o que era proibido - mas a organização e a polícia não tomaram medidas nenhumas", conta um jovem que esteve presente, citado pelo jornal espanhol ABC.."Vi que várias saídas de emergência estavam fechadas e que durante a avalanche, que começou pelas 3:30 e durou uma hora, alguém atirou um petardo e um membro da equipa de segurança incendiou uma bengala", continua o jovem, que revela ainda que não existiu qualquer tipo de controle a bolsos, mochilas e outros objetos pessoais, quando as pessoas entraram no recinto. O jovem conta também que a segurança sabia da entrada de petardos, bengalas e álcool, e que não era pedida identificação a ninguém, daí terem entrado menores..O recinto estava "a transbordar" e a atuação do DJ intencional Steve Aoki veio aquecer os ânimos. "Às quatro da manhã ouvi uma forte explosão, que era o resultado de centenas de pessoas a tentarem sair por portas de emergência fechadas", conta um agente da polícia que estava presente, apesar de não estar em serviço. "As pessoas começaram a cair umas sobre as outras e ficavam presas", continuou o polícia, que optou depois por ligar para o número de emergência..Outro jovem, citado pelo jornal espanhol ABC, descreve a situação: "Eu estava com o meu grupo de amigos. Éramos 20 e dois eram menores. Comprámos as entradas a uma amiga. Ainda não sei como é que as conseguiu. Passamos três controles de segurança e ninguém nos pediu identificação", relata. "Às quatro já não se podia dançar e éramos empurrados. Fomos arrastados para uma porta que estava fechada e não se conseguia abrir. As pessoas que iam à frente gritavam por estarem a ser pressionadas contra a porta mas ninguém as ouviu. Eu consegui chegar-me para o lado e escapar por uma porta por onde estavam a ser retiradas duas raparigas inconscientes", recorda.